o grande nada

Pensamentos, confissões, teorias, dia-a-dia. Palavras palavras palavras. E o que mais...? Só. No fundo é só isso e mais nada. O que significa?

Thursday, December 15, 2005

Deitada na cama, outro dia, eu vi. E percebi. Tudo, ou tanta coisa... vai ser bom. Porque faz sentido, é só saber onde olhar.
Einstein usava pulôveres. Pulôveres. Entende? Você consegue entender a maravilha que é essa descoberta? Einstein. Pulôveres. Assim, simples assim. Ele me diz pra eu não me preocupar com as minhas dificuldades com matemática, garante que as dele são maiores. Isso e o pulôver cinza me fazem respirar e entender, e aceitar as coisas. Tudo é na verdade muito simples, muito calmo, muito confortável, por mais longe que seja.
Se as roupas são familiares, que mal pode haver no mundo inteiro? Se são as mesmas que você e os seus avós usavam brincando no parquinho, qual pode ser a dificuldade na vida? É simples assim, as coisas não têm que ser difíceis. O pulôver cinza, ou verde musgo, ou azul claro, guarda de todos os males que possam surgir. Ele é de verdade, que nem as roupas da Haydée. hah. É verdade.

Wednesday, December 14, 2005

Eu aguento os males do mundo.
Pode falar. Eu aguento os males do mundo, você é a cruz que eu vou carregar. Pode falar, pode bater, pode se jogar contra a parede. Eu não vou sair daqui, nem dali, nem de qualquer lugar. Hoje eu percebi, a loucura tanto faz. Eu aguento os males do mundo, e você é a minha parte disso. Se falar e xingar te fazem bem, fala, xinga, tudo bem. Eu aguento os males do mundo, e eles pra mim são você.

[daí alguém que me conhece pode entrar aqui e pensar que eu enlouqueci de vez. não, ainda não. sobre isso digo que eu tô bem, tô muito bem e os males do mundo são pichações desconhecidas que não gostam de mim. tá tudo bem, meu bem, tá tudo bem.]

Sunday, December 11, 2005

não, tudo bem. nada é tão grave assim. é só diferente.
de qualquer jeito agora são as férias, as férias, as férias que vão ser boas, eu sinto. porque hoje eu quase morri sufocada e nada pode ser pior do que isso. se fosse um sonho tenho certeza de que algum daqueles manuais de interpretação diriam que significa um novo começo chegando. hahah. boa essa, vai!

e... é. sensações estranhas, que nem essa da garganta ainda com vontade de tossir. mas tudo bem. nada é tão grave assim - preciso lembrar de vez em quando. tipo quando eu surto sem motivo aparente no quarto fechado sem janelas e ele fica me olhando calmamente perguntando se eu quero que ele saia. achei isso tão engraçado, tão engraçado e irritante... precisava falar. adorei, não sei por quê. não sei por quê, mas calmas assim me fazem rir e querer enforcar as pessoas com quase a mesma intensidade.

Tuesday, December 06, 2005

o negócio é que eu não lido muito bem com mudanças. e não queria que as coisas acabassem, assim... assim. vão acabar meio que inesperadamente, porque apesar de nunca terem sido planejadas e nem muito queridas, apesar de possibilidades muito melhores e promissoras estarem bem na minha frente, apesar de todo o resto, precisam acabar, porque o tempo passa e me lembra da minha relação com ele e com a verdade. pelo menos com ele. de que as coisas não podem durar, pelo menos quando não parecem certas. when they don't feel right from the start.
então vai ser uma quarta-feira chuvosa e fria, difícil, onde nada vai acontecer. vai ser uma quarta-feira assim, cinza, apática, em que eu vou me sentir mal, tenho certeza, e tudo vai parecer estranho e fora de lugar. ou dentro do lugar demais e pra mim vai parecer fora porque não vai mais ser pra mim. e as promessas de visitas no futuro, de cervejas, de damão, o que for, vão parecer bestas, porque são.

uma quarta-feira cinza onde tudo vai acabar. e eu vou ter que mudar de novo. de novo.