o grande nada

Pensamentos, confissões, teorias, dia-a-dia. Palavras palavras palavras. E o que mais...? Só. No fundo é só isso e mais nada. O que significa?

Monday, October 31, 2005

há rumores de que tópicos são a nova prosa. hahah. vamos então, sim?
. "a sua voz é bonita. de verdade." - e um carinho na perna no banco de trás. hih.
. o lugar pequeno e vazio, e um abraço assim que eu chego do moço de comanda 0001 sentado na cadeira vermelha do corredor. uma graça.
. vozes, sempre vozes. a dele, sexy (por unanimidade, foi decidido), declamando poesia.
. lâmpadas que explodem, mulheres com orelhas de gato, vômitos azuis, moicanos camuflados e conversa realmente, realmente engraçadas.
. rosa, cool com o pilar, cool no meio da sala dando um show. coisa de aniversariante com os amigos da amante, sabe?
. uma ida histórica ao banheiro. e engraçada.
. dançar no vazio gelado e escuro placebo e velvet.
. e todo o resto de depois no antes o nome.

Thursday, October 27, 2005

tem um verso (ou alguns), de um disco de uma banda que não existe mais, de uma década que não existe mais e de uns caras que ainda existem (na minha vida ou não), que eu ouvi agora na minha cabeça sabe-se lá por quê e me fez entender algumas coisas.

sempre que eu ouço a palavra cultura... saco o meu revólver
sempre que eu ouço a palavra cultura... saco o meu talão de cheques

e são cantados do jeito que versos independentes eram atirados com seus egos inabaláveis na década perdida. são cantados assim até hoje, que nem o que ele cantou outro dia, porque são do mesmo disco do mesmo ano na mesma época feitos pelos mesmos caras e eu posso ter uma aula privativa de história (disso ou de qualquer outra coisa no universo) whenever. [não existe palavra pra whenever, já reparou?]

não, isso não tem assunto nenhum que mais de duas ou três pessoas entenderiam. e não adianta comentar, comentários desconhecidos chegam em mim como documentos da internet chegam às vezes no word com problemas, uma sucessão de números e símbolos em ordens estranhas que não me dizem nada. por isso o grande nada nunca teve espaço pra eles (a não ser pelos três dias entre trocas de template que eu não conseguia ainda tirar o atalho), porque escrever para qualquer um comentar é feito pras outras pessoas, e não para mim.
[ainda nesse assunto, uma única e última vez para todo o sempre depois disso: as mentes adolescentes são mesmo vazias, mas vazias de um jeito mais bonito do que as velhas, digam o que quiserem sobre isso. o que quiserem, pra quem quiser ouvir. mas anônimos são covardes e sempre serão para mim. então não importa.]

Saturday, October 22, 2005

ressaca moral. chegou agora, forte. eu não acredito.

Friday, October 21, 2005

Sexta-feira. Tudo bem.

Tuesday, October 18, 2005

Ainda é terça-feira e eu não vou conseguir. Nada. Não vai adiantar.
E essa é uma sensação ruim. Juro.

a acidez continua. e vai ser assim por muito, muito tempo ainda.

Sunday, October 16, 2005

"... e qual não foi sua surpresa ao descobrir, dois anos depois, que as mesmas palavras e situações ainda a assustavam além de toda a razão, planos e coragem que construíra e tudo mais? não, as coisas eram sempre a mesma, ela percebeu com alguns anos de atraso. homens e palavras e situações se repetiriam para sempre, assumindo formas ligeiramente diferentes. era preciso aprender a se adaptar a tudo, mas ela não pretendia começar agora."
eu quero uma franja, falar em inglês expressões (não especialmente) bonitas, chocolate milk, deitar e ter uma longa conversa com qualquer bom amigo falando de um jeito calmo coisas legais. saudades da imagem de inglês que eu tenho, que não tem nada, absolutamente nada a ver com países, políticas, placas, cabelos ou lojas. inglês é praticamente um estado de espírito pra mim. e eu juro que mando à merda quem me chamar de qualquer uma daquelas palavras proibidas. isso tem toda uma explicação psicológica que eu não explico.

Saturday, October 08, 2005

Acabo de ser profundamente tocada por um filme da Dolly Parton. Profundamente. E antes disso foi pelo Boas. Isso pode soar meio estranho, mas é verdade.
O filme, que eu não sei o nome e, pra ser sincera, também não falaria se soubesse, é de uma mulher "irreverente" (boa palavra essa) que é contratada pra ser telefonista de uma rádio e acaba virando a psicóloga conselheira que faz sucesso falando conselhos de família e ensinando auto-suficiência para mulheres oprimidas e blablabla. Só que ela é muito... ela mesma. E não a mercedes dela. E achou o James Woods na época em que era novo e superdotado e que não ficava falando de si mesmo o tempo todo, que nem a maioria dos homens, diz ela. Essa fala me foi importante. Hoje. É.
E o Boas... ah, o Boas é foda. Mas isso é toda uma discussão histórica e metafísica e tudo o mais que eu não vou ter agora. Porque antropologia é um tema importante demais pra eu falar aqui. Eu. Falar de antropologia pro grande nada. Não, não dá.
Atemo-nos a filmes ruins dos anos 80, por favor.

Sunday, October 02, 2005

são muitas coisas pra se pensar.
existem alguns dias, poucos e bons, em que me olhar no espelho é um ato de quase... désenchantement. não é decepção, não é nada assim, é só um desencantamento puro e bonito, nenhuma maquiagem ou roupa especial, nenhuma preocupação e isso é uma coisa boa. porque eu sou exatamente a mesma e não há nada de errado com isso. pessoas são como elas são e é preciso aceitar. e aceitar é fácil e natural, tendemos a complicar isso. eu acho.
as pessoas é que complicam.
preciso aceitar isso também.

(yeah love is a verb here in my room, here in my room, here in my room)