o grande nada

Pensamentos, confissões, teorias, dia-a-dia. Palavras palavras palavras. E o que mais...? Só. No fundo é só isso e mais nada. O que significa?

Tuesday, January 20, 2004

Lista de vocações, facilidades ou coisinhas que gosto ou sei fazer (prefiro chamá-los de dons mesmo!):

- atriz de novela mexicana, claro...
- escrivinhadora: não sei bem o que isso quer dizer. talvez signifique que eu escrevo, não sei bem o que, mas escrevo e tô bem assim
- dramatizadora: não necessariamente atuando, e sim no dia-a-dia mesmo
- psicanalista: tá, posso não ser muito boa, mas adoro analisar sonhos e desejos a fundo
- filósofa: me orgulho muito de ter chegado à conclusão de que os existencialistas do começo do século passado tiveram sua origem nos pensamentos de Kierkegaard. maquinei tudo isso sozinha, mas infelizmente não tenho a prova porque o inútil do meu ex-não-professor de filosofia nunca devolveu nenhum texto
- escritora de livros de auto-ajuda: atividade divertidíssima! recomendo pra qualquer um que tenha imaginação e nada pra fazer. é só dar asas à liberdade e dar uma de chico xavier. atividade que além do mais garante boas risadas, se exercitada em grupo.
- poliglota: inglês, francês, portunhol e algumas palavras em russo e holandês. preciso aprender russo...
- roteirista de novela mexicana: pra isso sim eu tenho jeito. adoro... existe a possibilidade de eu fazer um novo drama e vender pra Televisa ou pra Telemundo ou pro SBT mesmo, sobre a vida amorosa de uma amiga minha, com direito a trilha sonora de Ricky Martin (ou da banda do Ricky Ricky) e tudo!
- cartomante: nunca decoro as cartas, mas a intenção é a que vale! mas vejo sempre com a Má, e é extremamente divertido, um método revolucionário nosso, inspirado nos antigos e tudo. e melhor ainda é quando funciona!!
- olhos de ciclope: método quase infalível pra descobrir as cartas do adversário no truco. adorava os meus, mas quebraram, e os novos não são a mesma coisa...
- amizades inter-raciais: não, isso não é racista. é que não consegui uma palavra apropriada. a amizade é entre mim e os objetos. não todos, é claro, só os especiais. a minha nova amiga é muito gente boa e me ajudou numa crise e tudo!
- parecer uma retardada falando nisso: sem comentários, sei que só tem uma palavra pra mim!
- obcecar com as coisinhas: atualmente estou tentando melhorar nesse aspecto.
- blah.
Praia amanhã, mais do mesmo. Eu sei que deveria, mas não estou empolgada com isso não... Vai ser muito bom estar com os amigos, claro, mas ter que enfrentar sol, mar, areia, meninos metidos a surfistas, encanações quanto às roupas e ao meu corpo e etc não me anima nem um pouco. Mas vai ser bom não estar mais aqui. Conhecer gente nova, quem sabe, rever gente que eu gosto, rir muito e descobrir novos dons meus. Preciso fazer uma lista algum dia, só pra não esquecer. São tantas as possibilidades pro meu futuro...
Como pode alguém dormir por 13 horas num dia e ter sono às nove e meia da noite? Sou definitivamente um caso a ser estudado.
Outro caso a ser estudado é o barulho de ontem à noite. Estava eu indo dormir, lá pela meia noite, quando ouço alguma coisa na piscina. Como se um corpo caísse na água e ficasse se mexendo lá. Não olhei, é claro, então nunca terei como saber.
Pequenos mistérios que nunca vão ter solução... E acho que é bom assim. É muito bom quando o mundo ainda surpreende a gente. Chato é ficar na mesmice de sempre.

Sunday, January 18, 2004

- Menina, essa onda de assaltos está um horror!
- Nem me diga... eu tive até que blindar a minha Mercedez!
- Mas você soube do assalto na rua de baixo...? Deu até no Datena!
- Não, amiga, me conta...
- Não sei direito, mas vieram uns quatro rapazes pra roubar uma casa lá na rua de baixo. Mas o segurança (sabe aquele que a gente paga pra ficar rondando a rua? ele mesmo) viu e chamou a polícia, que uma vez na vida chegou rápido no lugar. Tão rápido que cercaram eles na casa! Os bandidos, sem saberem o que fazer, começaram a pular os muros das casas, vieram aqui pra nossa rua e renderam uma família.
- Qual??
- Você não conhece, tudo isso foi lá no fim da rua. .... Como eu dizia, eles renderam a mãe, o filho, a filha, o jardineiro e a empregada. Eram quatro, mas dois fugiram. Os outros dois, armados, ficaram 40 minutos na casa, daí resolveram amarrar o menino e o jardineiro e sair de carro com as mulheres.
- Mas e a polícia, não sabia que eles tinham fugido? Deveriam estar procurando na região.
- Então, menina, essa era o problema... Resolveram trancar um no porta-malas (o mais "de cor", sabe?), enquanto o outro ia no banco de trás com um violão e abraçando a menina. Imagine o horror de ter que abraçar um ladrão que está apontando uma arma pra você?!
- Ai, nem quero pensar... Mas e a polícia, não viu eles?
- A polícia tinha fechado a rua pelos dois lados! Mas o segurança (sabia que ele serviria pra alguma coisa!) viu a cara de medo da menina e o homem estranho e falou pros policiais que eram moradores, então os incompetentes deixaram eles passarem.
- Como incompetentes? Se tivessem parado teriam trocado tiros, e pêgo reféns e Deus sabe o que mais que se vê nesses programas da tarde da vida...
- Sim, mas então. Passaram por dois bloqueios policiais e ficaram dando voltas por Carapicuiba e região (ai, sabe aqueles lugares que eu não gosto nem de pronunciar o nome? coitadinhas das mulheres...) e acabaram deixando eles perto de uma Cohab.
- Mas e o menino e o caseiro?
- Jardineiro. E esse ainda tirou a sorte grande: só vinha uma vez por semana cuidar da casa e justo lá... Bom, os dois conseguiram se soltar e depois de muita insistência atenderam a polícia (porque você sabe como é, os ladrões tinham ameaçado eles). Mas no fim tudo acabou bem, nenhum ferido (fora um dos bandidos) e nenhum roubo.
- Mas conseguiram pegar eles?
- Só um, dos que fugiu mais cedo. Ele continuou pulando muros e se escondeu num cano aqui pertinho de casa, naquele terreno baldio. Depois fugiu pelo matagal (imagine que nojo!) e foi pegar uma lotação pra São Paulo. Por sorte o segurança (o mesmo! acho que ele merece um aumento) viu e anotou a placa, e pararam ele na raposo.
- Nossa... Chega a me dar uma certa dó desses rapazes. Tanto fizeram e não saíram com nenhum centavo!
- Dó dos assaltantes, Olga? Só você mesma...
- É, não sei mais o que pensar. Mas uma coisa é certa: essa onda de assaltos está um horror...
- Pois é...

Wednesday, January 14, 2004

Lembrei do absurdo de ontem! Eu, entediada até a morte, numa sala de chat. O menino vem falar comigo, me parecia ser legal. Papo vai papo em e ele começa a tocar em assuntos como religião, filhos e casamento. Hum, eu penso, que peculiar! Daí ele começa com uns papos de que de alí em diante eu ia ter que seguir ele em termos de religião e tal... Ele tá louco, eu penso. Daí ele me propõe ser "namorada virtual" dele. Só por uma semana, ele garante. O que é isso?? E meu, daí só foi de mal a pior, com promessas de que ele era um cara legal e que eu não ia me arrepender... meu... meu... sem comentários. E ele dizia ter 26 anos e uma empresa de engenharia, presente do pai. Deus meu...
Momento de paz após dias cansativos. Hoje eu consegui captar a beleza de olhar para o cabelo de um cara, de andar de metrô, de andar a pé observando as pessoas calmas em suas prórpias rotinas, dos pequenos objetos. Hoje foi calmo e foi bom, queria ter mais hoje amanhã.

A letra de Alice dans la Lune é muito bonita. Ela é feita pra hoje, e no raciocínio de que eu quero mais hoje amanhã, o nick muda e o amanhã vai estar marcado por hoje.

Friday, January 09, 2004

Meu.... cara.... puta que o pariu.... ah!!
Faculdade! Passei, porra! To meio descrente nisso, é estranho... Esse ano vou pra faculdade! E nem sei onde nem quando nem o que eu vou saber. Só soube a resposta da PUC, e passei, cara! Muito feliz, mas ao mesmo tempo sei que não faço idéia do que isso quer dizer! Estranhíssimo... mas bom!

Wednesday, January 07, 2004

Bom, volto agora, passadas as emoções natalinas, a praia, as intermináveis horas de estudo, o réveillon, o enterro e a segunda fase.

Mas sem tudo isso, o que é que sobrou? Uma voz na minha consciência que me diz pra fugir de tudo isso e ir morar onde o natal tem neve e eu sou nova.

E agora?
Agora é esperar... respostas bestas que demoram e deveriam me deixar nervosa, mas só me deixam curiosa mesmo.

Eu não tenho uma lista de material pra comprar! Eu não tenho!! Pelo menos por enquanto não, mas se você soubesse a sensação de liberdade que isso dá, essa de não precisar me preocupar com o mesmo professor pentelho tentando ensinar ou com comprar outra calça do uniforme... é tudo muito livre agora, vai que eu me acostumo?!
Que menininha mais mal-educada... tsc-tsc!!