o grande nada

Pensamentos, confissões, teorias, dia-a-dia. Palavras palavras palavras. E o que mais...? Só. No fundo é só isso e mais nada. O que significa?

Sunday, October 10, 2010

Monday, September 27, 2010

Tudo bem se eu descobrir só agora a beleza das músicas da Vanessa da Mata e do Snow Patrol? Não vou ser menos por causa disso (da demora ou da constatação em si)?
Tudo bem se eu demorei até agora pra ter tudo que eu nunca tinha tido coragem de imaginar?
Tudo bem ser menina e fazer os outros lembrarem disso?
Tudo bem andar com as minhas próprias pernas e elas me levarem a ele?
Tudo bem ser um pouco brega né... é só de vez em quando, acho que deve ficar tudo bem.

Monday, September 13, 2010

The eye altering alters all

Many seek and never see,

anyone can tell them why.

O they weep and O they cry

and never take until they try

unless they try it in their sleep

and never some until they die.

I ask many, they ask me.

This is a great mystery.



(esse é o meu poema preferido do Ginsberg)

Wednesday, September 08, 2010

Às vezes falta ar, e é culpa do aperto que dá pensando e fazendo tudo e correndo e pensando e ouvindo música e lendo e isso e aquilo outro e daí quando vou ver estou me sentindo mal e não sei por que e me dou conta de que esqueci de respirar.

Aí eu respiro.

E melhora.

Acho que é isso que me falta ultimamente, lembrar de respirar. Lembrar que eu posso respirar. Lembrar que isso é o mais importante. Perceber os meus passos antes de compreender o funcionamento de uma corporação inteira e do sistema capitalista e da sociedade brasileira e aimeudeusdocéu!!

Não.

Ar.
Sim.

Monday, August 30, 2010

And I wonder why it is... I don't argue like this... with anyone but you...

Tá, não tem muito a ver com nada. Mas ouvi agora chegando em casa e me fez cantar junto. Não tem problema, eu estava sozinha.

Coisas, muitas coisas, sempre coisas.

as ruins:
- o novo trabalho
- mais um fim
- horas de sono insuficientes durante a semana
- ducto lacrimal em greve

as boas:
- mais um fim
- mais milhares de começos
- vontadezinhas
- epifanias bêbadas que não desaparecem pela manhã
- pensamentos do caralho
- teorias do caralho
- calma.

e as que são só coisas.

Porque a vida é assim, meu bem, não precisa ser tudo fantástico ou abismal. As coisas podem ser só elas mesmas, ali na esquina, dentro de uma pasta ou ao telefone. As coisas são, e nós somos no meio delas todas. Às vezes mais cansados, às vezes menos, sempre muitas coisas, mas somos, no final, em meio a elas e apesar delas.

Posso te dizer que tudo às vezes é muita coisa, como em final de semestre. E agora ainda é começo, ainda bem, ainda dá tempo de ler e de pensar e de organizar o mundo sem a pressa e o mau humor. Bom, às vezes também rola um mau humor. Mas enfim.

Friday, July 23, 2010

Thought I'd cry for you forever
But I couldn't, so I didn't
People's children die and they don't even cry forever
Thought I'd see your face in my mind for all time
But I don't even remember what your ears look like

Sunday, May 30, 2010

agora eu não consigo sorrir, xuxu. talvez mais tarde, provavelmente amanhã, mas agora não.
e não tem problema isso, é só como eu estou agora. momento piano intimista, não momento músicas engraçadas. e tudo bem.
talvez seja difícil isso mesmo, do outro. porque agora eu só quero eu, o edredom, ler, escrever e ouvir músicas devagares. pensar nas coisas, contemplar o meu espaço, não entrar na correria de todos os outros dias.
esse é o lugar para onde eu venho nos momentos como agora. esse não é o lugar onde eu me relaciono com o que está lá fora.

Saturday, January 16, 2010

Os filmes

- Liberdade para as borboletas
- Coração Indomável
- Donnie Darko
- Pulp Fiction
- O Amante
- Alta Fidelidade
- Antes do Amanhecer
- Antes do Pôr-do-Sol
- Elizabethtown
- A Malvada
- Casablanca
- Cidade dos Sonhos
- Encontros e Desencontros
- Morte em Veneza
- Os Olhares de Tokio
- Laranja Mecânica
- Sob o Sol da Toscana
- O Clube dos Cinco
- O Poder de um Jovem
- Frankie e Johnny
- Harry e Sally
- O Iluminado
- Contos de Nova Iorque
- Nova Iorque eu te amo
- Dr. Jivago
- As Pontes de Madison
- Hiroshima, meu amor
- O Dia em que a Terra Parou
- Juventude Transviada
- Um Sonho, Dois Amores
- O Peso de um Passado
- 40 quilates
- American Graffitti
- A Voz do Coração
- A Última Noite
- Plano Perfeito
- Valente
- O Talentoso Ripley
- Embriagado de Amor
- Love Story
- 200 Cigarros
- Mentes Perigosas
- Os Excêntricos Tenenbaums
- A Vida Marinha com Steve Zissou
- Alma de Poeta, Olhos de Sinatra
- As Virgens Suicidas
- Waking Life
- Procura-se Amy
- Intrigas
- Dogma
- O Balconista
- O Balconista 2
- O Dia Depois de Amanhã
- Nós que aqui estamos e por vós esperamos
- Matrix
- Imensidão Azul

Saturday, January 02, 2010

Existe algo de liberador em fazer o errado. Não sei explicar, na verdade sei mas isso não merece ser discutido fora de um sofá no quarto andar de um prédio olhando para uma janela colorida ao longe.

É horrível, eu sei, é o horror fazer mal aos outros. Mas essa nunca foi a minha intenção, então o que eu posso fazer depois que isso acontece?
Às vezes eu me sinto mal, na verdade na maior parte do tempo é assim. Eu peço desculpas e às vezes choro e falo com pessoas que me entendem de jeitos diferentes do que eu. Mas depois não há muito a fazer, sabe?

Daí chega um momento como agora, e eu me sinto mais livre. Fiz isso, sim, é verdade. A amante diria que estava orgulhosa de mim, dando a cara a tapa, expondo ao mundo que essa sou eu, inteira, o que eu tenho de bom e também o que eu tenho de pior. Ela sempre foi muito fixada nisso, em encarar o lado podre da vida, a periferia dos sonhos e tudo mais. Enfim.

E depois de tudo feito, é isso... sim, eu fiz tudo isso mesmo. E agora eu continuo. E isso agora faz parte de mim, e os outros sabem que faz parte de mim. E aí sim eles podem formar suas opiniões. Porque nunca me adiantou ser gostada por alguém que só conhece o meu lado de cima. E não é exatamente uma coisa fácil conhecer e gostar de todos os lados do outro. Mas é assim que vale a pena.

Pronto.
Hoje é terça-feira
O céu borrou a cor
Ó minha mão do céu
Ó meu pé do chão....

Esses têm que ser alguns dos melhores versos do universo. Hoje não é terça-feira, mas não importa. Sempre que eu canto isso é. Fica mais legal desse jeito.

Wednesday, July 15, 2009

contemplando o vazio de ter duas horas pela frente sem fazer nada.
na verdade tenho muito o que fazer, mas não o que eu quero. e isso só daqui a duas horas.
isso é difícil.

Sunday, May 24, 2009

Domingo-quase-segunda

Essa é uma das horas mais difíceis e verdadeiras.

Eu preciso dormir e acordar amanhã e dar aula e voltar pra casa e ir pra São Paulo e voltar pra casa e dar aula à noite de novo. Pra conseguir fazer tudo isso eu preciso ir dormir, deitar na cama e dormir, e de preferência não sonhar com as coisas com as quais eu provavelmente vou sonhar.

Eu preciso sonhar com coisas legais, tipo essa música nova que eu ouvi agora e que me deixou feliz exatamente porque é nova pra mim, eu não sei cantar ainda.

É meio triste isso, na verdade. Porque quando eu ouço uma música que eu gosto, quero ouvir de novo pra voltar a me sentir do jeito que ela me fez sentir, mas com o tempo isso vai passando e ela não me surpreende mais, eu já sei como vai ser, já sei cantar, e no final ela só fica se repetindo e eu repetindo ela com saudades das coisas que eu sentia quando ela era nova e me fazia feliz.
Mas acho que isso ainda demora algumas semanas.

Wednesday, May 13, 2009

Depois de tudo

É muito absurdo, muito surreal, mas as coisas mudam e a gente também.
Não faz sentido, mas de algum jeito faz. Tipo descobrir que eu era de um jeito e não sabia, ou que eu podia ser assim sem nunca ter imaginado.
Acho que é isso.
Ler livros que eu nunca imaginei que leria e gostaria, ter coragem de tentar tudo de novo, gritar um pouco, sorrir bastante, cantar musiquinhas mesmo doendo a garganta.
E rearrumar a agenda, haha.
E voltar pra cá.
E escrever, mesmo que seja só um pouco.

É bom.

Tuesday, October 16, 2007

Quando falar não adianta nada, eu falo.

Engraçado ver isso agora... escrevi na descrição algum dia há muito tempo, e nunca mais tinha nem entrado aqui, daí entro e vejo isso.

(engraçado também ver que digitando "o grande nada" no google, essa é a primeira página da busca)

É. É assim mesmo. Quando falar não adianta nada, eu falo. E falo e falo e falo e falo até adiantar, ou não, ou dar um tapa na cabeça de quem eu to tentando fazer entender. Não dos alunos, é claro... hum, talvez só dos folgados... não, não.
Porque eu não sei fazer muito mais do que falar, e eu nunca sei o que adianta ou não. O que pode. Falar eu sei que pode, então tá bom.

Se bem que eu nem falo tanto.

Sunday, February 11, 2007

Poder existir, poder de fato existir sem se preocupar com as milhares e besteiras que estragam tudo, the big picture.
Não guardar mais as coisas pra mim, não falar de dores e horrores e amores, só falar das coisas que existem num plano qualquer, que não sei qual é, mas não é esse.
Falar com as pessoas de um jeito calmo, de verdade, sem recorrer a ficções ou burocracias. Falar de verdade, conversar, relembrar, planejar. Isso faz falta.
Andar por aí, do jeito que der, coletivamente ou não, mas com as minhas próprias pernas (e os pés! os pés!). Andar e andar e andar e chegar aos lugares e ter histórias engraçadas - anedotas - sobre o percurso, as pessoas na rua, as situações.

O marasmo cansa.

E usar mais palavras como as do livro velho, e voltar a ser mais Miranda do que Calibã.
(o livro: O Colecionador, pra quem quiser saber)