o grande nada

Pensamentos, confissões, teorias, dia-a-dia. Palavras palavras palavras. E o que mais...? Só. No fundo é só isso e mais nada. O que significa?

Thursday, October 28, 2004

Poder se desligar das coisas e botar tudo pra fora e rir e chorar e gozar. E rir mais e mais e mais, de uma mão, de um som, de cócegas e hahahah... ai ai... Se recompor. Depois cara de paisagem. Uma cara triste, uma mais ainda, um choriiinho que vira choooro que vira aguaceiro, e em prantos alguém cai. Se recompor de novo. Cara de paisagem. Um olhar delicioso que vai pra língua, que ofega, que sente, que geme e que... que... que... ahhhh. Se recompor de novo. E rir e rir mais e dar risada mesmo.

Pessoas são maravilhosas quando se libertam, quando não existem em si para formarem um todo, com características muito íntimas de cada um. E isso é o legal, é a magia da coisa. E tem ainda as brincadeirinhas com os cadarços e os óculos que sempre, SEMPRE caem, os abraços e o samba, sempre a alegria do samba no pé.

Isso pra mim é uma quinta-feira à tarde. Bommm...

Tuesday, October 19, 2004

Hoje choveu só pra miim, hoje choveu só pra miim!! Juro que isso me é verdade.

Friday, October 15, 2004

Não quero nunca mais ser revolucionária e nem ligar para coisas que as pessoas não ligam. Não quero mais ouvir Bjork nem apreciar poesia dadá em francês. Não quero criticar a Rede Globo nem a posição machista de camadas menos priviliegiadas socialmente, exposta em músicas de batidas fortes. Não quero nunca, nunca mais preferir gastar R$ 30,00 em um livro lindo sem pontuação e nem enredo claro a gastar o mesmo dinheiro no cabeleireiro. Também não quero desprezar a idéia de baladas ou comparar situações normais com filmes antigos que já trataram do assunto bem melhor, mas são antigos, em preto e branco, o James Dean está morto, então de que importa? Não quero mais me sentir mal com as luzes ofuscantes dos shoppings nem me sentir deslocada em meio a pós-pré-adolescentes e nem várias outras coisas. Mas acho que mesmo assim não seria o suficiente, mesmo mudando todas essas coisas e não sendo nunca mais como eu sou hoje, não adiantaria, a minha cintura não seria fina o suficiente, as minhas gírias não seriam modernas, a minha música não estaria na moda, não, nunca o suficiente.

Então é isso, eu continuo assim e as outras pessoas continuam como elas são, porque não é culpa de ninguém que a diferença seja gritante, e que ela grite e atrapalhe todo o clima mudo.

Tuesday, October 12, 2004

De volta, como se eu realmente tivesse saído por algum tempo. Sair de uma bolha para entrar em outra. Tudo são bolhas, mas a cidade grande é uma bem maior, que engloba tudo o que parece não ser de plástico. Mas é sim, tudo é de plástico, nada se recicla, tudo é poluente em potencial e tem um cheiro artificial. Tudo inclusive eu e você, meu bem. Ou você acha que aquele perfume que você usa sempre vem de dentro de você? Não, meu bem, vem de um frasco, assim como toda a cidade e todo o plático: tudo vem de um frasco pequenininho, que propaga seu perfume inodoro pela bolha.

Hahahahh, até parece estudante de sociais em ataque pseudo-poético! Pfff.... deixa a menina, deixa, que ela não tem mais do que falar...
Ou, pior, talvez até tenha.

São os barulhos dessa casa grande e vazia...

Saturday, October 09, 2004

Feliz. E viajando.

Monday, October 04, 2004

Ah, hoje ganhei O PRESENTE!!! Foi a coisa mais linda do mundo e isso me fez verdadeiramente feliz e inocente sempre que eu pensava nele. Tô pensando nele agora, então tô, de novo, verdadeiramente feliz e inocente. Não quero falar o que é, porque senão vão roubar a minha idéia, mas vou começar uma coleção disso. E a coleção vai ser mágica e sempre que eu pensar nela vou ficar verdadeiramente feliz e inocente. E é isso.
Mostra de Dadá e Surrealismo aqui! Sim, chegou, chegou mesmo mesmo de verdade finalmente aqui, aqui pertinho!! Isso me fez tão feliz que eu sorri a exposição inteira. Nem as saudades de Curitiba e do museu onde ela ficou bem melhor me desanimaram. Ela é linda, é minha e nos amamos secretamente, sei disso. Sim, secretamente porque escrevo sempre pras paredes, então o segredo está seguro aqui.

A vida sempre dá um jeito de ser mais colorida e mais macia e mais afinada (juro, fica afinadíssima) quando eu tô lá, naquele lugarzinho... a Fnac, a praça na frente, o grande prédio brega, a Cardeal, a Fradique, a Inácio Pereira da Rocha (a da faixa de pedestres!)e, como não podia deixar de ser, a Pedroso! Mas... acho que o melhor disso ainda é voltar pra onde os ônibus não passam e as ruas são de terra e os ladrões entram na nossa casa pulando o muro.