o grande nada

Pensamentos, confissões, teorias, dia-a-dia. Palavras palavras palavras. E o que mais...? Só. No fundo é só isso e mais nada. O que significa?

Saturday, November 26, 2005

Imagine uma biblioteca escura e fechada com móveis de couro com botões, daquele jeito que você gosta, em bordeaux, escrivaninhas com uma faca de abrir cartas com o galo português dentro de um vidro na ponta, cheiro de cigarro frio, talvez cachimbo, um abajour grande que te faz sorrir.
É o que eu estou tentando imaginar dentro dessa casa de paredes brancas e televisores e computadores e tocadores de música digitais.

Que merda.
Não tem graça estudar teologia assim. Política então vai ser um martírio. Um martírio, eu te digo, um martírio.

Monday, November 21, 2005

Desculpa, é que eu não estou acostumada a sentir tanto assim.
Sinto-me boba, e não é de um jeito lá muito bom.
Sinto-me fazendo papel de boba.
Mas sinto-me, e sinto, e é. É. É isso. Bom.

(quase demais pra mim)

Sunday, November 13, 2005

Se você quiser uma grande verdade eu te conto. Não, não precisa nem perguntar, eu falo, sério, eu falo. Senta aí que eu falo, porra. E me escuta direito. O negócio é que é tudo a mesma merda, entende? A mesma merda. Não adianta tentar florear e falar expressões bonitas, deitar num quarto escuro e fingir que o mundo não existe, inventar histórias e combinados transcendentais. Nada transcende. Pessoas são pessoas e por isso imbecis. Pode nem ser culpa de ninguém, mas são e isso é uma merda. A mesma de sempre. Não adianta pensar que é isso, agora vai ser tudo diferente, você vai conseguir dessa vez aceitar um ser humano única e puramente por quem ele é, que as coisas vão se arrumar por si sós e que por isso vai dar certo. Não dá, e na hora em que você menos imaginar, por exemplo num domingo quase à noite quando você for visitar ele do nada, que nem boba, vai perceber que nada é como se pensa. E tudo é a mesma merda.
É preciso entender isso pra conseguir viver. E aceitar. No momento eu preciso aceitar.

Monday, November 07, 2005

remember me through flash photography and screams...
remember me... special needs...
just nineteen and... (todo o resto)
> é verdade. é tão verdade que chega a ser engraçado. meu bem que o diga.

meu bem. eu não sei o que aconteceu, provavelmente não foi nada, mas foi alguma coisa... alguma coisa que aconteceu e agora eu passo o dia imaginando andar pela rua com a voz dele e deitar daquele jeito mais confortável do mundo, tendo conversas sérias e engraçadas pra mim, pensando que as coisas podem ser boas sim. não normais, legais, mas verdadeiramente boas. e fazer sentido. elas fizeram sentido no feriado. foi bom. bom. sabe?
eu quero conversas e o seu caderno de novo. não me arrependo do que escrevi entre parênteses e queria ver a sua cara quando lesse. (mas eu tenho vergonha.)

é... os tempos mudam, quem imaginaria que eu algum dia fosse escrever alguma coisa tão viada assim? (com o perdão da palavra, xuxu).
abstrai...