o grande nada

Pensamentos, confissões, teorias, dia-a-dia. Palavras palavras palavras. E o que mais...? Só. No fundo é só isso e mais nada. O que significa?

Wednesday, May 26, 2004

Nothing's gonna change my world, nothing's gonna change my world, nothing's gonna change my world, nothing's gonna change my world, nothing's gonna change my world, nothing's gonna change my world, nothing's gonna change my world....
.....a agonia insuportável e incessante dessa pseudo-comodidade.....

Sunday, May 23, 2004

O tempo pode ser tão absolutamente relativo que eu nem sei como explicar. Tic-tac, passaram-se duas horas. Tic-tac, tic-tac, tic-tac, tic-tac, tic-tac, tic-tac, nem dois minutos. A lâmpada ainda está quente e apaga todo o meu quarto, o seu rosto pelas paredes, me atormentando, o cobertor gelado, nada faz sentido. E o telefone não toca... ele não toca, não toca, por que será que ele não quer tocar, eu não entendo, ele simplesmente não toca! Fica difícil achar coragem pra sair da cama quentinha às 6 da manhã quando eu sei que o telefone não quis tocar pra mim. Se nem o telefone, nem elezinho, liga pra mim, pra que ir encarar o mundo assim, sozinha, de dia e com frio? O mundo todo é muito duro de manhã cedo, ele tem milhares de sons no cinza maquinal da cidade, mas nenhum deles é o do telefone pra mim. Acho que o mundo é impessoal porque não liga pra mim. Isso faz todo o sentido do mundo, mas tenho a certeza absoluta de que os pensamentos conturbados que correm pela minha cabeça brincando de esconde-esconde que eu tento passar para o papel (ou para a tela nesse branco intimidante) não farão sentido pra mais ninguém fora de mim. O mundo fora de mim pode ser assustador. O Inferno são, realmente, os outros.

Friday, May 21, 2004

!!!

Bonitinho! Olha só o que o meu amigo me fez! Adorei, pq parece mesmo que fui eu que escrevi o começo, tá um diálogo interessante entre os personagens que somos nós.



Revolver Eyes
(p/ D)

"Encontro-me perdida em minha mente
A mim, só me resta eu,
E todos aqueles que buscam entender,
Que fingem entender o que nunca tentaram.


Só eu
Só mais eu
Só mais um EU

Eu te amo
Te odeio, mas
Nem me lembro de você."

Inconstante
Fascinante em cada gesto
Num sorriso, naquele olhar
No seu grito
Sua melodia
Seu cantar

Bela esfinge indecifrável
Em suas formas e seus jeitos
Espero o dia em que irás me devorar.

Essa é você
Quando tento lhe enxergar
E esse sou eu
Tentando por você falar

Saturday, May 15, 2004

Bom rever os amigos depois do que parecem ter sido séculos de nada, e ver que pouco mudou... alguns cabelos, algumas gírias e alguns quilos, mas o essencial continua lá. As imitações do Br'oz continuam hilárias, as viagens ainda são lindas de se imaginar, as crisezinhas momentâneas de falta de atenção continuam indo e vindo tão tontas como sempre, a primeira será sempre a primeira a dormir, naquele sofá só dela, o filme que alugam ainda é chato, as risadas, as conversas, as pessoas... Boa demais essa sensação de que, não importa quão feio e malvado o mundo possa parecer, as festas do pijama vão continuar evoluindo com a gente. Profundo isso, hein?

Monday, May 10, 2004

Estou doendo. Aqui dentro. Não sei por quê. Também não sei como dói, nem onde direito. Acho que isso não adianta muito, só saber que estou doendo e mais nada.

Não teve um poeta que escreveu sobre isso? Camões, não? Ele falou de "Um não sei o que, que nasce não sei onde / Vem não sei como e dói não sei porque". Mas acho que ele se referia ao amor. Eu não. Pelo menos não por alguém em especial. Talvez seja a falta do amor. Talvez não seja nada.

As pessoas passam na rua, do mesmo jeito que os dias vão passando e eu não fico em nenhum deles. Tudo passa muito rápido e ao mesmo tempo os minutos demoram a passar. Passar. Essa palavra descreve todo o meu nada de agora.

E mais nada.

Wednesday, May 05, 2004

Nada a declarar.