o grande nada

Pensamentos, confissões, teorias, dia-a-dia. Palavras palavras palavras. E o que mais...? Só. No fundo é só isso e mais nada. O que significa?

Tuesday, July 25, 2006

Well, if there's one thing that I learned when I was still a child was to take a hiding...

Tá, não é nada pessoal. Eu nunca aprendi a me esconder quando era pequena. No máximo brincava de esconde-esconde e sempre ria de nervoso quando chegavam perto do meu esconderijo. Não era excepcionalmente boa nisso. Eu era boa em queimada, por outro lado. Não que eu queimasse todo mundo, mas fugia muito bem da bola. Normalmente ficava como a última na quadra (meu único desempenho esportivo notável, por sinal), mas isso não garantia que eu ganhasse, devido à falta de habilidade pra acertar as pessoas, como mencionado acima.

Mas acho a frase bonita, que nem do jeito que ela vem na música. E a música é bonitinha, me lembra algodão-doce e coisas azuis, simples, crianças, coisas assim.

***

Você é tão simples e eu chorei
Você é tão só e eu vivo me escondendo
Você pisa em fogo e eu jogo água nas pessoas
Você vai embora e eu nunca mais te esquecerei...

Essa é outra. Que lembra vinis tocando na vitrola num apartamento pequeno num quarto com a cama de solteiro vermelha e uma cachorrinha "carismática" deitada junto comigo no sol, de boa... (de boa mesmo, só pra entender o quão na paz é isso) E a máquina de escrever verde. E a amante com o timing perfeito pra piadas (internas ou não) e tudo o que me falta.
Uma música de vitrola, eu te digo! De vitrola!

***

Acho que não tem mais.

Sunday, July 23, 2006

eu esperaria, mas não posso. as coisas continuam, e parar agora, assim, desse jeito, seria impossível. não que eu não queria - não não, longe disso -, mas é que não dá.

não.

tudo está parado. nada se mexe, só o relógio, e não fazer nada faz com que não haja nada para parar. posso parar tudo e esperar sim. é o que eu faço agora. esperar. parada. até que tudo se mova de novo, e eu vá até aí, e os dias voltem a acontecer com despertadores e ônibus e almoço e dinheiro e todas essas outras coisas. dos dias. das coisas que acontecem.

não.

agora nada disso existe. só a minha cama, os cobertores, os livros, essas coisas... o telefone. essas coisas... remédios. essas coisas... banho, roupas, televisão. essas coisas...
nada, você sabe.
estática.
até que chegue.
até que tudo chegue, que volte.

eu esperaria para sempre.

Thursday, July 06, 2006

[Preâmbulo - Os Piores Versos Com As Piores Rimas Da Pior Letra De Música De Uma Boa Banda:

Gostei do seu charme e do seu groove
Gostei do jeito como rola com você
Gostei do seu papo e do seu perfume
Gostei do jeito como eu rolo com você

(sério. rimar "groove" com "perfume" e "você" com "você" não dá. nem caetano tem licença poética pra isso. não que ele tenha pra muito mais, na verdade eu nem gosto dele... enfim.)

Mas tem groove e a música parece ser velha e me dá uma sensação boa na barriga. Não friozinho nem nada, só... me deixa confortável. E acho que isso é importante, estar no carro de manhã cedo indo pra mais um dia e tudo mais, e ouvir isso e gritar "Groove!!", feliz, que nem criança. Porque isso me lembrou de palavras legais ditas por pessoas legais em momentos de bom-humor. Porque isso me lembrou que as pessoas podem ser legais, e que Cachorro Grande costumava unir a gente. Porque isso me lembrou de quando as coisas eram melhores, eu saía com roupas bonitas e meninos amigos mesmo e as preocupações eram muito poucas, eram sobre se ele estaria lá ou o que fazer com o meu cabelo. E palavras como groove conseguiam me animar muito inexplicavelmente.

Fim do Preâmbulo]

E daí agora tem várias coisas, porque é o meio. O desenrolar dos argumentos e dos fatos e do turbilhão, no geral. Agora tem a pressão que vem ninguém sabe de onde, mas vem, e as dores pelo corpo. Eu não gosto das dores pelo corpo, e preferia engordar. Mas já que eu não tenho lá muito poder sobre isso, ou sobre nada, as coisas dóem e eu emagreço e todo mundo repara e comer dói (nada de distúrbios alimentares, por favor, não sou dessas).
Então o meio é complicado, tem coisas demais acontecendo e eu fico olhando que nem o trânsito passando com os pedestres e as britadeiras da obra do metrô e as bicicletas e motos entre os carros e os ônibus buzinando e daí às vezes tem acidentes. Não é só a cidade que se tornou inviável. Foi tudo, ao mesmo tempo. E morar no mato não ajuda muito quando tem que se pegar estrada pra voltar pro caos todos os dias. Inclusive não, não é mais mato, tornou-se Zona Urbana há duas semanas e o limite de velocidade diminuiu. Coisas demais, eu te digo. Coisas demais.
Acho que as férias nunca chegam de verdade.

[Posfácio - em aberto:

Não tem muita conclusão, pelo menos não por enquanto. Culpa desse meio... mas algum dia eu volto, dou pontos nos is e fecho isso de uma vez. Ha-ha. Calaboca, menina.]