o grande nada

Pensamentos, confissões, teorias, dia-a-dia. Palavras palavras palavras. E o que mais...? Só. No fundo é só isso e mais nada. O que significa?

Monday, December 01, 2003

Nada melhor do que a História. Sério, o cara que inventou ela deve ter sido um gênio! Ele teve a manha de inventar uma ciência que estuda o passado para que possamos aprender com ele e não repetir os mesmos erros! É claro que tem muita muita gente que just misses the point. Não entendem o propósito. Eu vi ele hoje, agora há pouco. Na verdade eu sempre soube, mas agora consegui relacioná-lo comigo mesma.

De qualquer jeito... Nada melhor do que reler antigas cartinhas (leia-se e-mails) de amor e sofrimento para relembrar como as coisas eram de verdade. Não, não os beijos e a sensação de que, se o mundo acabasse naqueles instantes em que eu deitava no colo dele, recebendo um maravilhoso cafuné, eu morreria completa. Não as partes boas. Reler elas tem um efeito maior: relembra da "over-dramatização", das promessas suicidas de amor eterno, das lágrimas, da insegurança, da minha pura estupidez mesmo, das coisas que eu tentei bloquear da memória. Mais importante: lembra que não dá. Me lembrou daquela sensação que me dava... meio que um sufocamento (isso existe) lento e que me consumia por inteiro, e depois o aperto que dava, e depois o medo, e a culpa eterna... ah, a culpa! Essa tá aqui dentro até hoje, muito bem escondida, mas insiste em vir à tona sempre que pode. Esse, por exemplo, é um desses momentos.

E o que eu faço agora? Me encontro cansada, à noite, dividida entre um sentimento de culpa maior do que eu mesma, ao lembrar de tudo, e a vontade de.... dele! Porra, por que tinha que ser tão difícil assim, hein? Não dava pra ser simples como um longo abraço apertado com o cheiro dele e uma mordida no pescoço? E quando eu vou ver ele? Acho que o problema de verdade é que acabou aquela parte da minha vida que contava com pelo menos ver ele todo dia. Na verdade, ela foi diminuindo com o tempo. Foi de uma convivência intensa pra uma inexistente, com direito a 2 ou 3 e-mails e uma conversa formal de 7 segundos em 5 meses e meio para uma convivência amena, sem diálogos, porém com contatos diários, pra uma relação mais amigável com direito a conversas e a flertes ocasionais, para em seguida uma viagem muito boa com direito à retomada de velhos hábitos para, por fim, conversas normais de dois amigos. E agora, não sei. Provavelmente nos veremos em ocasiões sociais, encontros de amigos em comum. Duvido que nos falemos pelo telefone ou que possamos ter qualquer contato mais direto. E é isso que é difícil admitir: que uma parte muito boa, porém conturbada da minha vida tenha acabado.

Mas bom... de qualquer jeito, o tal do cara que inventou a História foi um gênio. Peraí! Que machismo meu pensar isso! É óbvio que foi uma mulher que inventou ela!!

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